Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Conforme tratamos no artigo anterior, a obesidade é uma doença com diferentes causas e pode desencadear outras doenças, entre elas o câncer. Assim como a obesidade, o câncer também é considerado um problema de saúde pública mundial.

Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer é uma das doenças que mais mata no mundo. Em 2012, foram mais de 8,2 milhões de pessoas. Mas o curioso é que 30% dos cânceres poderiam ser evitados de diferentes maneiras, e uma delas é o controle do peso corporal associado à alimentação saudável e à atividade física.

Muitos estudos demonstram que o excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer em diferentes órgãos, tais como esôfago, pâncreas, intestino, rim, bexiga, endométrio e mama, em mulheres, na pós-menopausa.

Os mecanismos que fazem a gordura corporal aumentar o risco para desenvolver o câncer ainda estão sendo estudados, mas acredita-se que o excesso de gordura provoque um processo de inflamação crônica no organismo, favorecendo o aparecimento do câncer. Por isso, os pesquisadores são enfáticos em orientar que a manutenção do peso corporal adequado para a altura e a idade reduz o risco de câncer. O IMC (Indice de Massa Corporal) é a forma matemática de verificar se a pessoa está ou não com o peso adequado (ver quadro).

De modo geral, a manutenção do peso adequado depende diretamente do balanço entre o consumo de calorias dos alimentos e bebidas ingeridos e a utilização dessas calorias nas atividades exercidas. Por isso, os atletas de alto rendimento podem consumir até oito mil calorias ao dia, o que não é o caso da maioria das pessoas.

A alimentação saudável deve oferecer nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo, considerando os seguintes tópicos:

  • Quantidade: as refeições devem ter quantidade suficiente de alimentos, conforme as necessidades individuais (faixa etária, sexo, estilo de vida).
  • Qualidade: as refeições devem ser variadas com diferentes grupos de alimentos (hortaliças, frutas, carne, aves, pescado, leite e derivados, etc.).
  • Proporção: as refeições devem ser equilibradas, favorecendo a oferta dos nutrientes conforme recomentado pela OMS: maior consumo de hortaliças, consumo médio de carnes e laticínios e menor consumo de alimentos gordurosos e açucarados.
  • Adequação: as refeições devem ser planejadas e preparadas considerando a realidade econômica, social e clínica do indivíduo.

Logo, uma alimentação saudável precisa ser completa, equilibrada e variada. Vale ressaltar que alimentação saudável é diferente de “dietas restritivas”.

Manter o peso adequado é uma decisão importante para a saúde física e mental. Alimente essa ideia!